O grupo que começou produzindo chapéu de praia, hoje produz meias, calçados, acessórios e claro, roupas. Produzindo industrialmente suas peças, instalou uma planta industrial aqui no Ceará, em Pacatuba. Tal empreendimento gera cerca de 9 milhões de pelas de roupa por ano.
Entre as marcas da Marisol, estão: Pakalolo, Babysol, Stereo e Rosa Chá. Ao total, são sete marcas que agregam o grupo.
A Rosa Chá é a mais recente aquisição, caracterizada como a entrada do grupo no ramo luxuoso da moda. Atualmente, a marca só desfila em New York.
Marcos afirma que gerir tantas marcas é extremamente difícil e trabalhoso, mas que o grupo Marisol é dividido em vários setores e unidades com profissionais do ramo para que a gestão seja a melhor possível.
A gestão torna-se ainda mais complicada por conta dos personagens que representam as marcas infantis. A evolução deles junto com as crianças é fundamental.
Atualmente, existe uma loja da Lilica Ripilica em Milão e o grupo Marisol participa de várias feiras internacionais.
Mas o melhor do Maxi Moda foi realmente Giovanni Bianco, responsável pelo desenvolvimento de imagem da Madonna, marcas como Missoni, Dolce & Gabanna, Arezzo, etc. Ele veio diretamente de NY para palestrar no evento!
Giovanni começou dizendo que não gostava muito de falar em público, mas que a troca de experiências é fundamental. Já foi descontraindo o clima, dizendo que tinha comido muito: "comi que nem um porco, me acabei na tapioca"! Super divertido, ele até fez brincadeira dizendo que tinha comido tanto, que comprou um macaquinho Yoga pra disfarsar a barriga! Mostrou por debaixo da camisa e tudo! Todos morreram de rir e ele ganhou o carinho do público imediatamente.
Vendia fruta na feira com o pai, no Rio de Janeiro, e desde então, aprendeu o valor do trabalho. Cursou engenharia civil, mas logo percebeu que não era aquilo que gostaria de fazer o resto de sua vida. Começou a trabalhar com desenho gráfico, e um dos seus primeiros trabalhos foi o convite de casamento de Cláudia Raia com Alexandre Frota. Giovanni ainda conta umas curiosidades do casamento, sempre bem humorado e piadista. Resolveu ir para a Itália estudar, e conseguiu um emprego no Consulado brasileiro, limpando livros da biblioteca. Foi quando teve acesso a alguns exemplares que falavam de moda. E solta a frase "Milão é boring" para dizer que não tinha nada pra fazer a não se focar no trabalho.
Em meio a uma série de coincidencias em bares e boites, conheceu seus grandes clientes, como D&G e Dsquared. Contando curiosidades e histórias engraçadas de personagens famosos, ele nos mostra alguns de seus trabalhos, com seu estúdio, o GB65 (ele brinca dizendo que foi burro de ter colocado a sua data de nascimento no nome), dentre eles, campanhas Misssoni e a tão comentada campanha nova da Arezzo, com Juliana Paes e Cleo Pires. Nessa hora, Giovanni faz uma crítica ao preconceito contra o homossexualismo: "Parece absurdo que em 2010 ainda se fale em preconceito gay".
Diz que a imagem tem que passar desejo. A pessoa tem que desejar o que está ali exposto, e o desejo é o que gera o consumo.
Depois nos mostrou alguns trabalhos que fez com Madonna, como as capas dos cd´s Hard Candy e Confessions on the Dance Floor, além de muitos outros! Diz que a cantora o levou à Cabala, e que trabalhar para ela foi maravilhoso, pois sempre foi um super fã. Conta algumas histórias engraçadas como quando Madonna o telefonou num domingo de manhã: hey Giovanni, it´s Madonna. E ele, não acreditando disse: ok, I´m Michael Jackson. Dentre outras fofoquinhas, como os bastidores do editorial que a Rainha do Pop fotografou no RJ e conheceu Jesus Luz. Mas esses bahfinhos eu não contoooo, só pra quem esteve láa! (Quem mandou não ir pro MM!)
Depois de muitas gargalhadas, descontração, e uma excelente dose de simpatia, Giovanni foi, com certeza, o melhor palestrante do evento! Sua simplicidade às vezes assusta e a brasilidade é inegável. Disse que sonha trabalhar com Maria Betânia e Alcione; que é fã de Marisa Monte (nessa hora eu morri! Fã de Madonna & Marisa, atoron!) e encerrou dizendo que amor pelo que se faz é fundamental. O tesão pelo trabalho tem que existir. E também salientou a questão das mídias alternativas e a tecnologia.
Um comentário:
Olha Bia, gostei muito da palestra do Giovanni, mas achei que poderia ter falado mais sobre o seu processo criativo, achei falho somente neste ponto, mas ele continua sendo o máximo. E para mim a melhor palestra do evento ainda é a da Eloysa Simão. Beijos lindona!
Postar um comentário